segunda-feira, 14 de maio de 2012

De entrevistadora à entrevistada

Durante sua passagem à Paraíba, em fevereiro, o jornalista Orson Peter Carrara, editor do portal      www.oconsolador.com   
me convidou para conceder-lhe uma entrevista.  
Na ocasião eu ainda integrava a diretoria da Federação Espírita Paraibana. 
Eis o resultado:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/260/entrevista.html
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Aqui você encontrará uma variedade de temas e informações interessantes

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                                                 Entrevista          
Ano 6 - N° 260 - 13 de Maio de 2012

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Fátima Farias:
            “A vida é um perene aprendizado”

A jornalista paraibana fala sobre o movimento espírita na Paraíba e suas atividades na divulgação espírita


     Maria de Fátima Farias (foto), mais conhecida no meio espírita como Fátima Farias, natural de Boa Vista-PB e há 33 anos radicada na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, é bacharel em Comunicação Social pela UFPB, com formação em Jornalismo e Relações Públicas.
Espírita desde 1994 e autora do livro “Encontro com Consciências – diálogo da unidade com a diversidade”, Fátima faz parte da equipe dirigente da Federação Espírita Paraibana, em que exerce o cargo de Assessora de Comunicação Social e vice-diretora do Depto. de Divulgação Doutrinária. 
Na entrevista que gentilmente nos concedeu, ela fala sobre suas atividades e o movimento espírita paraibano.

Faça um perfil do movimento espírita na Paraíba.
Cada vez mais crescente, tanto em quantidade, mas, sobretudo, e o melhor, em qualidade.  Os longos mandatos dos presidentes da Federação Espírita Paraibana (em 96 anos foram apenas sete) têm favorecido toda a pavimentação do positivo panorama atual. Acredito que a ininterrupção, de certa forma, facilitou o progresso das ações. Cada um contribuindo para semear o que temos hoje. A trajetória está pontilhada por fatos interessantes. Estes detalhes podem ser conferidos no portal www.fepb.org.br, no link que trata da história da FEPB e nos perfis dos presidentes.

Em seu trabalho de divulgação espírita, o que mais lhe chama a atenção?
É a ausência de preconceito e a receptividade dos meus colegas jornalistas, tanto no sentido de repercutir as notícias quanto de me procurar, no convívio diário da Redação, para conversar ou obter maiores esclarecimentos sobre a Doutrina Espírita. Nunca enfrentei dificuldades para abrir e conquistar espaços. Aliás, divulgar a mensagem espírita é muito fácil, porque, por si só, ela desperta interesse e atrai a atenção de leitores, ouvintes e espectadores.

De que modo as entrevistas que tem tido oportunidade de preparar chamaram a atenção do público?
Entrevistei Divaldo Franco várias vezes, o neurofísico francês Patrick Drouout, o pastor Nehemias Marien, o arcebispo Dom Aldo Pagotto, os artistas Nando Cordel e Paulo Figueiredo, só para citar alguns. Pois bem, as pessoas que não liam o jornal no dia, mas que ouviam comentários da repercussão positiva, me solicitavam cópias da entrevista. Foi quando decidi reuni-las no livro “Encontro com Consciências – diálogo da unidade com a diversidade”, que reúne entrevistas com diversas personalidades. Proporciona ao leitor uma visão sobre a consciência atual e evolutiva do ser, num cunho ecumênico. Contém abordagens sobre ciência, filosofia, religião, arte e cultura.

Na elaboração de matérias, quais foram as mais marcantes?
A primeira foi sobre o Museu das Almas do Purgatório em Roma, cujo acervo legitima a comunicação de Espíritos na própria Igreja. O fato é que o parapsicólogo baiano Clóvis Nunes foi entrevistado no programa Fantástico, do dia 28 de outubro de 2001, sobre o assunto, por acompanhar a reportagem in loco. O detalhe é que ele me concedeu um furo, numa entrevista de página inteira, inclusive com chamada na capa, intitulada “Espíritos se comunicam na Igreja”, publicada no mesmo domingo. E assim os leitores do jornal O Norte conheceram as novidades logo cedo, enquanto os telespectadores só conferiram no final da noite. Outra matéria, que considero a mais marcante  da minha carreira, foi a reportagem sobre Chico Xavier. Tive a felicidade de passar a Semana Santa de 2002 hospedada em sua residência e participar das comemorações do seu último aniversário entre nós – 92 anos. Três meses depois ele deixou este planeta. Este foi um grande presente que recebi de minha amiga Lisle Lucena, que há vários anos desfrutava da amizade daquele ser especial e costumava ser sua hóspede. Cada vez que relembro daqueles dias e convívio com aquela energia tão salutar e indescritível – modelo do Cristianismo – ainda me emociono. Sinto-me privilegiada e gratificada! A reportagem completa está no final do meu livro.

Como tem sido sua atuação na mídia espírita, especificamente?
Já participei de vários sites e colaboro com as revistas Tribuna Espírita e a Revista Internacional do Espiritismo. Recentemente inaugurei o blog  www.horizontes-fatimafarias.blogspot.com. É um espaço, como o próprio nome já sugere, onde abordarei os mais diversos assuntos voltados para temáticas ligadas a notícias do Bem, que favoreçam a difusão de aspectos artístico-culturais e a qualidade de vida, sobretudo à consciência atual e evolutiva do ser.

Fale-nos algo sobre a programação da Federação Espírita da Paraíba.
Todos os departamentos estão em plena efervescência de ações, em todas as vertentes: cursos, assistência social, atendimento fraterno e mediúnico, infância e juventude. Na área de Comunicação Social e Divulgação Doutrinária, têm-se conquistado excelentes espaços na mídia, especialmente para difundir os eventos e esta avalanche de filmes espíritas, tem-se encartado diversos suplementos em jornais dominicais. Agora, um dos pontos altos para massificar a mensagem espírita é o projeto “Divulgando a imortalidade”, que acontece no período de Finados, com faixas e distribuição de mensagens nos cemitérios da capital e de diversos municípios.

Na capital e interior, a Doutrina Espírita igualmente tem despertado interesse e busca por livros, estudos e cursos? Como tem sido a preparação  para essa nova fase de divulgação espírita no Estado?
A gestão do presidente José Raimundo de Lima contribuiu bastante para a expansão da mensagem espírita na Paraíba. Houve ampliação no número de centros espíritas, tanto na capital quanto no interior, além de um maior intercâmbio com a implantação de polos e coordenadorias regionais. A Federação Espírita da Paraíba (FEPB), inserida no contexto nacional da Federação Espírita Brasileira, dissemina todas as diretrizes federativas para viabilizar o máximo de potencial que contemple o estudo, a divulgação e o atendimento, à luz da Doutrina Espírita.

A confortável sede da FEPB propicia espaço muito favorável para eventos doutrinários. Comente sobre os eventos de caráter estadual utilizando a citada sede.
A mudança da sede para um espaço maior foi fundamental para a expansão das atividades e um melhor atendimento ao público: livraria ampla e com um acervo sortido, salas amplas para os cursos. Temos um centro de convenções, sendo o auditório maior com capacidade para mais de 800 pessoas, climatizado e com cadeiras confortáveis. Para se ter uma ideia da demanda do público, nas duas recentes visitas de Divaldo Franco foi preciso providenciar telão para acolher o público.

Deixe-nos uma mensagem final.
Acho que ainda tenho muito o que aprender, porque a vida é um perene aprendizado, para se burilar nossas imperfeições. Deus é uma luz e a energia que busco, no sentido de me nortear e fortalecer. E, assim, a mensagem em que mais o identifico é assinada por Léon Denis: ‘Tende como templo o Universo, como altar a consciência, como lei a Caridade, como imagem Deus’. Por fim, sou muito grata pela oportunidade de me fazer vivenciar a troca de papéis, de entrevistadora a entrevistada.





sábado, 12 de maio de 2012

As nossas mães...

                                                                         Fátima Farias
                       
     Hoje é convencionado pela sociedade como sendo o ‘Dia das Mães’.  Há quem diga que tudo não passa de uma simples estratégia comercial, consumismo, ou coisas do gênero, sob o argumento de que Dia das Mães é todos os dias, assim como o Dia dos Pais e por aí vai.
      Mas pensando no tema que iria abordar hoje, comecei a pensar em aproveitar o gancho, ‘matutei as ideias’ e descobri que temos o privilégio de contarmos com muitas mães, além daquela especial, que nos gerou. Tudo começa com a mãe-modelo -  Maria Santíssima, nossa mãe-mor. A própria história tem reafirmado seu poder, proteção e revelação da possibilidade da comunicação entre os dois mundos. Estou me referindo a quando ela apareceu, pela primeira vez, num dia 13 de maio (como o de hoje), do século passado, em Fátima - cidade de Portugal, para três crianças. Ali, ela expressou seu exemplo e mensagem de fé, amor e esperança, manifestado àqueles pastorinhos como porta-vozes para o Mundo, provando que a mediunidade (intercâmbio entre os dois mundos: material e espiritual) é uma realidade.
     E como o assunto principal é Mãe, temos ainda as nossas mães Natureza e Terra, que nos premiam com suas belezas naturais e o tempo, ininterruptamente, do nascer ao pôr-do-sol e ainda intercalados com a noite e madrugada, para o lazer e descanso.  O  que dizer da mãe Lua? Depois que o pai Sol     descansa, em noites de lua cheia, nos oferece um espetáculo especial de romantismo, regado a estrelas cadentes e luz plena, refletindo nas águas dos mares e rios, enebriando os enamorados e inspirando poetas e seresteiros. É um verdadeiro show de beleza e energia contagiante!
     Não podemos ainda esquecer a mãe Vida, uma eterna professora diária, que, se soubermos decifrar bem suas lições, temos muito o que aprender, com seus alertas para nossa evolução espiritual. Fiquemos atentos aos sinais. Mas, quero concluir esta coluna desejando bênçãos divinas para todas as mães, especialmente às minhas irmãs Maria do Socorro e Maria Jesus. Um carinho e vibração de amor para minha mãe Lecy, que já habita na dimensão espiritual. 
     Por fim, que a mãe-suprema, Maria, abençõe a todos nós, os seus filhos. Assim seja.

Parte deste artigo foi publicada na minha coluna dominical do Jornal O Norte, em 9 de maio de 2004.


              Homenagem à minha mãe




 



João Pessoa, fevereiro de 2011, ocasião em que ela foi morar na dimensão espiritual.

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