O jornal O
Norte (rede Associados da Paraíba) faz parte de um Horizonte na minha
história.
Hoje
(1º de fevereiro 2012) acordei com a notícia que suas portas fecharam. Como
pode? Em pleno estado de Chateaubriand? Meu coração acelerou. É igual saber que
alguém que amamos partiu, obedecendo ao ciclo da vida. E assim, foi um misto de
tristeza e saudades.
Corri
aos meus arquivos fotográficos para reviver, resgatar, curtir e preservar este
capítulo de minha história. Lembrei-me de Drummond e parodiando-lhe: ‘O Norte
agora é apenas uma fotografia na parede’. Decidi: preciso imortalizar,
virtualmente, este trecho de minha trajetória.
Retrocedendo
no tempo, revi o filme, iniciado no final de 1989, quando fui levar release de
uma assessoria de imprensa e recebi o
convite do meu colega Ricardo Farias (cujo sobrenome é mera coincidência - não
é meu parente).
-
Fátima, gostamos do seu texto. Estamos precisando de repórter. Vamos fazer um teste?
Vacilei,
pois já gostava de atuar em assessoria de imprensa e não tinha pretensão de trabalhar
na mídia. Mesmo assim, aceitei o desafio, trabalhei alguns dias, desisti, mas o
‘vício jornalístico’ já havia me ‘contaminado’, retornei e fui recebida de braços abertos.
Ricardo
Farias e Gilberto Lopes foram as pessoas fundamentais, que me incentivaram
neste caminho. Tenho um carinho especial por eles. Minha história com O
Norte durou quinze anos, até 2004 quando houve a demissão em massa.
Saímos de ‘coração partido’, pois era também uma convivência familiar e
aconchegante. Passávamos mais tempo lá que em casa. Quantas saudades!
Citar
nomes é perigoso, pois corremos riscos de omissões. Mesmo assim cito meus contemporâneos,
por mais tempo, por quem tenho muita estima. Começo por ‘Cocada’ (nosso
motorista), Izaíra Jacó, Célia Leal, Lucinha Figueiredo, Lílian Moraes, Mana
(Fátima Sousa), Eva, Genesinho, Cone Ferreira, Ricardo Anísio, Augusto Magalhães,
Nonato Bandeira, Nevinha, Nara, Astrid, Goretti Zenaide, Wallace, os
Damásios...
Lá
aprendi muito de minha profissão, não apenas tecnicamente, mas experiências de
vida, através do contato com tanta gente. Fiz boas amizades e excelentes conhecimentos. Comecei
como repórter, depois assinei uma coluna dominical e fui editora das páginas de
Programe-se (agenda cultural) e Televisão, além de editora interina de Estadual,
Moda e Automóveis.
Mas,
enfim, a vida continua...
Fiquem
com os registros e reminiscências fotográficas: