quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

‘O Norte’ na minha história


           

 
           O jornal O Norte (rede Associados da Paraíba) faz parte de um Horizonte na minha história.
Hoje (1º de fevereiro 2012) acordei com a notícia que suas portas fecharam. Como pode? Em pleno estado de Chateaubriand? Meu coração acelerou. É igual saber que alguém que amamos partiu, obedecendo ao ciclo da vida. E assim, foi um misto de tristeza e saudades.
Corri aos meus arquivos fotográficos para reviver, resgatar, curtir e preservar este capítulo de minha história. Lembrei-me de Drummond e parodiando-lhe: ‘O Norte agora é apenas uma fotografia na parede’. Decidi: preciso imortalizar, virtualmente, este trecho de minha trajetória.
Retrocedendo no tempo, revi o filme, iniciado no final de 1989, quando fui levar release de uma assessoria de imprensa  e recebi o convite do meu colega Ricardo Farias (cujo sobrenome é mera coincidência - não é meu parente).
- Fátima, gostamos do seu texto. Estamos precisando de repórter. Vamos fazer um teste?
Vacilei, pois já gostava de atuar em assessoria de imprensa e não tinha pretensão de trabalhar na mídia. Mesmo assim, aceitei o desafio, trabalhei alguns dias, desisti, mas o ‘vício jornalístico’ já havia me ‘contaminado’,  retornei e fui recebida de braços abertos.
Ricardo Farias e Gilberto Lopes foram as pessoas fundamentais, que me incentivaram neste caminho. Tenho um carinho especial por eles. Minha história com O Norte durou quinze anos, até 2004 quando houve a demissão em massa. Saímos de ‘coração partido’, pois era também uma convivência familiar e aconchegante. Passávamos mais tempo lá que em casa. Quantas saudades!
Citar nomes é perigoso, pois corremos riscos de omissões. Mesmo assim cito meus contemporâneos, por mais tempo, por quem tenho muita estima. Começo por ‘Cocada’ (nosso motorista), Izaíra Jacó, Célia Leal, Lucinha Figueiredo, Lílian Moraes, Mana (Fátima Sousa), Eva, Genesinho, Cone Ferreira, Ricardo Anísio, Augusto Magalhães, Nonato Bandeira, Nevinha, Nara, Astrid, Goretti Zenaide, Wallace, os Damásios...
Lá aprendi muito de minha profissão, não apenas tecnicamente, mas experiências de vida, através do contato com tanta gente.  Fiz boas amizades e excelentes conhecimentos. Comecei como repórter, depois assinei uma coluna dominical e fui editora das páginas de Programe-se (agenda cultural) e Televisão, além de editora interina de Estadual, Moda e Automóveis.
Mas, enfim, a vida continua...
Fiquem com os registros e reminiscências fotográficas: